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Estou de férias da Faculdade de Teatro. Nossas aulas recomeçam segunda feira, dia 19 de setembro.

A professora de interpretação nos recomendou a leitura de dois livros: “Minha vida na arte”, do Constantin Stanislavski, e a peça “A Gaivota”, de Tchécov.

Tentamos encontrar o Stanislavski pra baixar. Não encontramos em português nem em inglês – achei apenas uma versão em um idioma que pode ser romeno ou esperanto, não faz diferença: Mea Veata en arta.

Tentamos comprar em livrarias. O livro não existe mais; a editora fechou há alguns anos, estava esgotado em todas as livrarias online.

Partimos para os sebos. O Estante Virtual só dispunha de dois exemplares: um custava 160, o outro, 150 reais. A coordenadora do curso arrematou o de 150 antes que fosse tarde.

Pegamos o livro e fomos tirar cópias, perfeitamente justificadas ante a raridade do exemplar. Com encadernação, cada cópia saiu por dezesseis reais. Nada mal.

Comecei a ler nas férias. E fiquei surpresa: o Stanislavsi era um menino rico, que recebeu finíssima educação intelectual e artística: ele relata que era habitual a família ir ao balé, à ópera e ao circo.

Eles montavam peças na “residência de verão” da família. Com figurino e música, gente. É muito diferente da Eva brincando no quintal de casa – embora eu também elaborasse meus figurinos, hehehe.

E, o que me deixou mais surpresa: o Stanislavski foi contemporâneo do Tolstói, do Tchécov, trabalhou lado a lado com Tchaikovski. É como se um monte de gênios houvesse combinado de nascer no mesmo lugar e época!

Gente, o que é que colocavam na comida desse pessoal? O mesmo pra mim, por favor!